Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias.
O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção.
A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva de visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro.
Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.
Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser valorizado, sempre de forma natural.
O surgimento de novos materiais, como a baquelita, uma espécie de plástico maleável, aliada ao novo conceito de modernidade, relacionada à aerodinâmica, fez surgir um novo design, aplicado a vários objetos e eletrodomésticos. A baquelita também foi amplamente utilizada para a fabricação de jóias leves, inspiradas em temas do momento.

Nessa época, o termo prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o seu surgimento eram dados pela butique, palavra então muito utilizada que significava "já pronto". Nas butiques surgiram os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons.
Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário